DeepFake: como se proteger dos conteúdos falsos?

Muitas informações circulam pela internet, em grupos de redes sociais, porém e importante saber diferenciar se são realmente verídicas.

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Foto: Freepik

Nos dias atuais é possível ser um ídolo da música por um dia e cantar e dançar como ele. Com os avanços das tecnologias isso já é há algum tempo com o deepfake, tecnologia que usa recursos de inteligência artificial (IA) para criar vídeos muito parecidos aos reais. 

O método, comum entre criadores de conteúdo, é baseado em aprendizagem profunda (deep learning) e capaz de criar imagens e áudios realistas, ao colocar rostos e voz de uma pessoa no corpo de outra. 

Existem alguns casos famosos de deepfakes na internet, como o perfil do Tom Cruise no TikTok e o discurso do ex-presidente dos EUA, Barack Obama, criado para chamar a atenção para o crescente problema relacionado a vídeos de notícias falsas.

E notícias falsas, ou fake news, são justamente a grande preocupação em torno do deepfake. Isso porque, com o avanço desse tipo de tecnologia, as pessoas tem que estar cada vez mais atentos aos conteúdos que veem e recebem de outras pessoas na internet, questionando sempre sua veracidade.   

Deepfake e fake news

O termo fake news se tornou amplamente conhecido no mundo em 2016, durante a corrida presidencial nos Estados Unidos, onde conteúdos falsos dos candidatos foram compartilhados de forma intensa. No Brasil, dois anos depois, não foi diferente. 

Atualmente, com as eleições presidenciais se aproximando novamente, as fake news estão ganhando mais força e o deepfake é um dos meios mais utilizados. Alguns estão tentando descredibilizar o processo eleitoral, outros colocam palavras nunca ditas na boca de candidatos ou de formadores de opinião.

Uma pesquisa recente da Poynter Institute, com apoio do Google, mostrou que quatro em cada dez brasileiros afirmam receber fake news diariamente. A pesquisa, que ouviu mais de 8,5 mil participantes, de sete países, revelou ainda que a taxa de pessoas que afirmam ter compartilhado informações falsas por engano é de 39%.

Por isso, além de desconfiar sempre que receber um vídeo de uma autoridade ou alguém famoso, analisar os movimentos da pessoa na imagem, fazer uma pesquisa para ver se encontra a mesma história em fontes confiáveis e nunca clicar nos links recebidos, é preciso contar com ferramentas de identificação e proteção para os seus dispositivos a fim de evitar invasões.